Breve numa academia perto de você
Novas configurações sócio-culturais mudam a velha perspectiva de que academia e mercado são mundos à parte.
Após todo o primeiro semestre de licença, retomei minhas aulas no curso de publicidade da Universidade Católica, na única disciplina que tenho tempo de ministrar: propaganda audiovisual 2. Como qualquer pessoa que teima em fazer zilhões de atividades ao mesmo tempo (comecei também, aliás, a minha especialização em cinema, aguardem novos textos, sempre espero mais constantes), continuo diluindo meu foco, tempo e energia em outras coisas também. Tanto que já desisti de me desculpar pelo meu descaso constante com este espaço – minhas escusas já devem ser consideradas eternas, enfim, whatever...
Anyway, de volta às aulas. Na apresentação da disciplina às novas turmas, reforcei o discurso que venho insistentemente defendendo já faz algum tempo, sobre a necessidade de repensar a comunicação contemporânea, as relações de mercado, os formatos convencionais de mídia e et cetera et al (e tal). É um primeiro choque necessário a estabelecer uma postura crítica não apenas em relação ao conteúdo passado em sala de aula, mas sobretudo na questão de visão do próprio mercado que, sim, está mudando, muito, rápida e inevitavelmente.
Acompanhando estas mudanças e refletindo acerca de como o trabalho em comunicação vai terminar tendo que se comportar diante delas, venho pensando que a solução está em pesquisas; não como se costuma conceber no mercado estabelecido, com objetivos de rastrear segmentos de mercado, gostos de faixas etárias específicas ou aceitação do produto x, y ou z. Falo de pesquisa de linguagem mesmo, possibilidades e potencialidades de comunicação desses novos meios que estão tomando cada vez mais espaço.
Aí coincidiu que, outro dia, dei de cara com um texto do Silvio Meira sobre pesquisa cooperativa – aquela feita entre as instituições acadêmicas (que teriam o know-how e o ambiente propício para não apenas coletar informações, mas pensar e tirar conclusões sobre elas) e as empresas (que teriam o interesse de mercado, algum capital para patrocínio e a possibilidade de aplicação prática do conhecimento produzido).
Parece um caminho meio que inevitável, finalmente. Se por um lado tem faltado um certo pragmatismo por parte dos centros de pesquisa acadêmicos (historicamente falando), por outro, falta consistência e durabilidade em certas práticas de mercado, sobretudo nessa parte de novos meios de comunicação e entretenimento, que é onde posso opinar, enfim. Acho que muito da efemeridade de certas tendências e meios advêm dessa falta de otimização de alguns dos meios. Talvez estudos aprofundados e objetivos de linguagem possam permitir que as potencialidades sejam exploradas ao máximo.
De toda forma, compreender os mecanismos de comunicação envolvidos nesse processo todo é compreender um pouco do ponto está o pensamento humano. Ou suas diversas correntes, estilos e aspectos. Meu próximo post que, pasmem, sai ainda esta semana, deve tocar no assunto. Aguardo desde já contribuições.
Após todo o primeiro semestre de licença, retomei minhas aulas no curso de publicidade da Universidade Católica, na única disciplina que tenho tempo de ministrar: propaganda audiovisual 2. Como qualquer pessoa que teima em fazer zilhões de atividades ao mesmo tempo (comecei também, aliás, a minha especialização em cinema, aguardem novos textos, sempre espero mais constantes), continuo diluindo meu foco, tempo e energia em outras coisas também. Tanto que já desisti de me desculpar pelo meu descaso constante com este espaço – minhas escusas já devem ser consideradas eternas, enfim, whatever...
Anyway, de volta às aulas. Na apresentação da disciplina às novas turmas, reforcei o discurso que venho insistentemente defendendo já faz algum tempo, sobre a necessidade de repensar a comunicação contemporânea, as relações de mercado, os formatos convencionais de mídia e et cetera et al (e tal). É um primeiro choque necessário a estabelecer uma postura crítica não apenas em relação ao conteúdo passado em sala de aula, mas sobretudo na questão de visão do próprio mercado que, sim, está mudando, muito, rápida e inevitavelmente.
Acompanhando estas mudanças e refletindo acerca de como o trabalho em comunicação vai terminar tendo que se comportar diante delas, venho pensando que a solução está em pesquisas; não como se costuma conceber no mercado estabelecido, com objetivos de rastrear segmentos de mercado, gostos de faixas etárias específicas ou aceitação do produto x, y ou z. Falo de pesquisa de linguagem mesmo, possibilidades e potencialidades de comunicação desses novos meios que estão tomando cada vez mais espaço.
Aí coincidiu que, outro dia, dei de cara com um texto do Silvio Meira sobre pesquisa cooperativa – aquela feita entre as instituições acadêmicas (que teriam o know-how e o ambiente propício para não apenas coletar informações, mas pensar e tirar conclusões sobre elas) e as empresas (que teriam o interesse de mercado, algum capital para patrocínio e a possibilidade de aplicação prática do conhecimento produzido).
Parece um caminho meio que inevitável, finalmente. Se por um lado tem faltado um certo pragmatismo por parte dos centros de pesquisa acadêmicos (historicamente falando), por outro, falta consistência e durabilidade em certas práticas de mercado, sobretudo nessa parte de novos meios de comunicação e entretenimento, que é onde posso opinar, enfim. Acho que muito da efemeridade de certas tendências e meios advêm dessa falta de otimização de alguns dos meios. Talvez estudos aprofundados e objetivos de linguagem possam permitir que as potencialidades sejam exploradas ao máximo.
De toda forma, compreender os mecanismos de comunicação envolvidos nesse processo todo é compreender um pouco do ponto está o pensamento humano. Ou suas diversas correntes, estilos e aspectos. Meu próximo post que, pasmem, sai ainda esta semana, deve tocar no assunto. Aguardo desde já contribuições.